Foyles- A mais completa livraria do mundo
por Adolfo Caboclo, 14 de novembro de 2012
Possuo o hábito de toda segunda feira frequentar um destes famosos pubs londrinos da era vitoriana.
Não pelo chope e nem pelo pub, mas para aperfeiçoar meu inglês papeando com o David. Esse cara talvez seja uma das pessoas mais interessantes que já conheci. Um australiano que após viajar o mundo e já estar a alguns anos em Londres adquiriu um sotaque muito interessante, sempre vestido em um terno impecável. Ele exala um ar sarcástico ao chamar seus camaradas de “gentlemen”. O David adora falar sobre literatura, países, viagens, ironizar ingleses enquanto enaltece Londres e indicar lugares, e foi justamente ao falar sobre lugares que revelei para ele outro hábito meu, o de ir para o café da Foyles quase que diariamente para desenhar e escutar um bom jazz ao vivo.
Foi então que David olhou para meus olhos e disse sorrindo: “esse é exatamente o tipo do lugar que você espera de Londres, essa cidade tem a obrigação de te proporcionar isso”.
Concordei plenamente. Realmente, a Foyles é um sonho. Trata-se da maior livraria do mundo, bem no centro de Londres. O lugar com mais títulos de livros que existe. O que irei relatar agora aconteceu ontem, uma comum 3ª feira chuvosa. Ao chegar circulei pelo primeiro andar e vi, como em toda grande livraria, inúmeros livros, mas a presença de livros em variadas línguas, como japonês e chinês, já apontava a gama de pessoas que a Foyles recebe.

Ao sair do show percebi que o fundo do segundo andar possui um público bem diferente do térreo, seções como a de “livros religiosos” e “livros para o público gay” são muito prestigiadas pelos seus frequentadores. O mesmo aconteceu no 3º andar. A variedade de títulos parecia não ter fim, mas teve, no último andar.
No 4º andar eu descobri que a Foyles é muito mais que livro, café e música ao vivo.

A seção subsequente é a parte de CDs, LPs,DVDs e Blue Rays da casa, aonde mais uma vez o som do jazz toma conta do ambiente, cara, tem coisas do mundo inteiro lá, porém em algum momento fiquei decepcionado, pra ser exato no momento em que eu vi que na seção de filmes sul americanos não tinha nenhum brasileiro.






Comentários