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Escondidinho – As delícias de D. Lourdes

por Fernanda Miranda, 26 de setembro de 2012
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Depois de uma noite fantástica no Studio RJ, com direito a participação especial de Teresa Cristina, acordamos tarde, com um tantinho de ressaca e é claro, muita, muita fome. Cansados de gastar dinheiro, mas com sede de um prato delicioso, ficou difícil escolher um restaurante que fosse bom e barato em Ipanema, onde estávamos hospedados. Meu namorado então sugeriu um restaurante que fica lá no centro e segundo ele nos saciaria: baixa gastronomia, tradicional, carioca e com um bom preço.

Adolfo Caboclo | Não Só o Gato
Descemos na estação do metrô Uruguaiana e percorremos as ruas antigas até chegarmos ao Beco dos Barbeiros. No número 12, nos deparamos com o restaurante e vimos a tradição do local já do lado de fora: “Desde 1947”, revela o letreiro na porta. Foi nesse ano que a mineira Dona Lourdes, casada com o português “Seu” Delfim, abriu a casa. Hoje, 65 anos depois, “tocado” por Abílio, atual proprietário e sobrinho do Seu Delfim, só o nome do estabelecimento mudou. De bar, o local virou o restaurante Escondidinho. E de fato, a casa é tão escondida quanto o nome sugere. Se o lugar é pouco conhecido e visível para os cariocas, imagina para nós, meros turistas.

Mas, se o nome mudou, o resto não pode e nem deve. Afinal, a bela receita mineira de Dona Lourdes é o segredo do sucesso dos pratos. Segundo Abílio, “só a costela de boi com a receita da Dona Lourdes é responsável por 60% do faturamento da casa”. Essa, obviamente, nós fizemos questão de prestigiar.

Adolfo Caboclo | Não Só o Gato
A costela vem servida com farofa de ovo, outra maravilha. Pedimos arroz com brócolis e feijão manteiga para turbinar o prato. No final das contas, acho que fizemos a melhor escolha. E os integrantes da nossa mesa foram unânimes: “A melhor costela da minha vida!”. A iguaria simplesmente desmancha na boca e tem um temperinho especial que só provando pra entender.

Missão cumprida: matamos nossa fome e curamos a ressaca… Viva Dona Lourdes!


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Fernanda Miranda

Recém-formada em jornalismo e editora do Não Só o Gato. Ama história em quadrinhos, os textos da jornalista Eliane Brum, as trilhas sonoras dos filmes do Woody Allen e azeitonas.

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