Apaixonados por quadrinhos
Papo de nerd: o nosso primeiro quadrinho a gente nunca esquece. E a real é que eu tive muita sorte de, sem querer, ter caído em minhas mãos a um tempo atrás o premiado “Asterious Polyp” que, mesmo tenho lido muitos outros depois, continua sendo um dos meus favoritos. Desde então a minha lista vem se diversificando cada dia mais, – de histórias de amor até algumas sobre guerras – mas devo admitir que meu pouco conhecimento sobre o assunto se limita a quadrinhos recentes, de 10 anos de existência no máximo.
Por isso fiquei muito feliz quando uma amiga aqui de Londres, sabendo do meu gosto pelo tema, me indicou o “The Cartoon Museum”.
Como o nome sugere, o museu é dedicado à história dos cartoons e também comics e charges. É um espaço pequeno, de dois andares, e desde 2006, ano em que foi criada através da mobilização de artistas britânicos, é mantida por artistas, fãs de quadrinhos e voluntários.
A entrada é por uma lojinha do museu, onde você pode comprar vários livros, cartoons e bonecos. A exposição fica ao fundo, e estudante tem que pagar um valor simbólico de 3 libras, só para ajudar a manter o lugar. E olha, que experiência bacana. Dá para sentir o amor que cada voluntário que trabalha lá, e cada artista que ajudou a construir aquele lugar têm por tudo que está exposto. Eu conversei com uma das voluntárias do museu, uma senhorinha super sorridente e simpática, e ela me “alugou” por um bom tempo contando muitas das histórias que sabia, e principalmente fez questão de afirmar que tudo que eu estava vendo naquele museu era fruto de muito esforço, e que inclusive boa parte da coleção exposta era doação.
Você pode passar horas se divertindo, pois realmente tem muita coisa para ver – são mais de 2.000 caricaturas e quadrinhos originais. Além da ordem cronológica, as tirinhas expostas são divididas por assuntos como “animais”, “animais políticos”, “contos”, “política”, etc. Para vocês terem idéia da riqueza do acervo, a tirinha mais antiga é datada de 1745 (!!!).
O objetivo do museu é reunir e preservar os cartoons britânicos, bem como divulgar os novos artistas do país, mas ainda assim tem bastante coisa pra ver além-terra da rainha. Outra coisa legal é o incentivo ao desenvolvimento dos artistas mirins, com espaço reservado para desenhos e competições no decorrer do ano.
Depois de um dia explorando coisas que eram realmente novas pra mim, e devem ser familiar para um fã de quadrinho mais clássico, percebi que ainda sou “fichinha”, tenho muita coisa boa ainda pra ler e aprender. Fica a dica, nerds!
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