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Ice Bar – Entrando numa fria

por Fernanda Miranda, 12 de novembro de 2012
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Passeios turísticos nunca foi de meu agrado. Lugares assim geralmente têm vendedores que cobram preços exorbitantes, turistas desesperados com suas câmeras para conseguir tirar fotos, muita gente em cada metro quadrado. Enfim, procuro evitar. Mas há aqueles lugares mega turísticos que não têm como resistir. Tipo o “Ice Bar” em Londres, que fui na semana passada.

O nome já diz tudo, um “bar de gelo”. Localizado em Picadilly Circus, uma das regiões mais turísticas de Londres, no “Ice Bar” tudo é feito de gelo: a mesa, o balcão, as paredes e até o copo. Para tudo isso não derreter e o bar não cair “por água abaixo”, literalmente, ele é mantido por  -5 graus durante todo o ano.

Fernanda Miranda | Não Só o Gato
Antes de embarcar nessa curiosa experiência, recebemos casaco e luvas adequadas para aguentar a temperatura glacial. Como -5 graus é um frio razoavelmente intenso, cada cliente pode permanecer somente 40 minutos lá dentro.

Entrando lá, a primeira coisa que pensei (e possivelmente todos os outros clientes, se estes não forem da Dinamarca, Noruega ou qualquer outro país gelado): “Pqp, que frio!” Eu nunca tinha sentido nada assim, e mesmo o super casaco que eu estava usando não era suficiente para aguentar aquela temperatura. Abandonei as luvas por poucos minutos para tentar tirar algumas fotografias, e logo me senti uma burra quando meus dedos começaram a congelar. Deve ser por esse motivo que não vendem cerveja lá, porque provavelmente congelaria.

Segunda coisa que pensei: “Como esses gelos são tão transparentes e bonitos? Parecem plásticos”. Um vídeo que estava passando num canto do bar me deu a resposta. Tudo que eu estava vendo naquele local era feito do mais puro e limpo gelo do norte da Suécia. Então está explicado.

Adolfo Martins
O conceito de “bar de gelo” existe não só no Reino Unido, como em muitas outras capitais aqui na Europa como Oslo, Copenhagen e Stockholm e também em outros cantos no mundo como Estados Unidos e Coréia do Sul (minha amiga de Seoul recusou meu convite de ir comigo dizendo que esse é um programa que existe na cidade dela e que é muito turístico).

Realmente é, e casa com tudo que eu falei sobre lugares turísticos: é caro (16 libras só para entrar), os drinques são caros e o lugar é cheio. Mas é um programa que tem que ir pelo menos uma vez na vida. Vale a pena. E o mais legal de tudo foi depois ir para o frio de 4 graus de Londres achando que era verão!

Fernanda Miranda | Não Só o Gato
Adolfo Martins
Fernanda Miranda | Não Só o Gato

Fernanda Miranda

Recém-formada em jornalismo e editora do Não Só o Gato. Ama história em quadrinhos, os textos da jornalista Eliane Brum, as trilhas sonoras dos filmes do Woody Allen e azeitonas.

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