“No meio do caminho tinha uma pedra”
Em papos com a querida Denise Constantino aprendi muito sobre a harmonia das coisas e a correlação entre os elementos que regem nossas vidas. Entendi que, desde sempre, é necessária a conversa entre todos os campos do conhecimento. Como os alquimistas antigamente, que buscavam no estudo da química, antropologia, astrologia, magia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião, novos caminhos, sempre com a certeza que um conhecimento validaria o outro.
Outra pessoa que me disse algo parecido foi o filósofo Humberto Rohden através de seu livro “Einstein – o enigma do universo”, onde apontou a existência de quatro campos do conhecimento, os quatro “M”s, – matemática, metafísica, misticismo e medicina – que quando elevados a um nível que nós, meros humanos, não temos a capacidade de compreender, elucidariam todas as questões que possuímos em relação a existência, mais uma vez, um conhecimento validaria o outro. Partindo da premissa que acabo de comentar, sobre a correlação e a pluralidade de tudo que nos cerca, tentarei expor a minha experiência com Stonehenge.
É fácil entender porque tanta gente não entende Stonehenge. Ele possui algumas pedras que pesam umas 25 toneladas, estas pedras são oriundas de um lugar que fica a mais ou menos 20 quilômetros de distância e, além disso, estão dispostas de uma forma que conversam com o movimento do Sol e da Lua. Tudo isso construído quando ainda faltavam milênios para Jesus nascer. Realmente é pra ficar com a pulga atrás da orelha.
A verdade é que conhecer Stonehenge, pra mim, foi maravilhoso e frustrante. Uma pena enorme existir uma estrada tão perto do local, a imagem e barulheira de carros e caminhões detonam toda a atmosfera do lugar. Também não me senti justiçado ao pagar o ticket de entrada, mas nem tudo é reclamação neste relato, muito pelo contrário.
O local em si é impressionante, me deliciei tirando dezenas de fotos, porém toda a sua “energia mística” me pareceu dissipada. Não senti um arrepio, mas um vazio. De todos os conhecimentos que Stonehenge exige para o entendermos e absorvê-lo, – após notáveis 5 mil anos de existência – o que talvez tenha me chamado mais atenção do que gostaria nasceu recentemente, e é a “ciência do business“. E é aí que relembro daqueles papos que tive com a Denise e torço para que daqui a alguns anos voltem a ver que tudo está interligado…
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