Olhos antes do mundo
Como estamos próximos e como estamos distantes da fonte que permeia o teu semblante.
Mistério do fundo da noite
teus olhos segredos
desagregam naturalmente irradiam
forças da entranha da mata
a mata que habita em surdina
dos rincões da espécie vieste
ao mundo antes do mundo de
longe
afastada de tudo de todos
todos que habitam teu todo
no breu teu eu sob escombros
assombros da sombra que nega
se apega ao passado tardio
percorre o caminho sem volta.
Véu de fitas negras
céu de espumas escuras
teus olhos
de onde veio à vida
veio pelas águas frias profundas
revira de longe a origem
vasculha as cinzas da chama
por mais que silencie em distância
como estamos próximos e
como estamos distantes
da fonte que permeia teu
semblante taciturno
-num piscar de olhos-
Nasceram antes do nada?
Transcendem antes do todo?
Onde repousa(toda)noite?
Dorme o sono
do mundo acordada?
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