Soneto da tartaruguinha
Palhaço Tapioca
por Adolfo Caboclo, 9 de novembro de 2020
Tartaruguinha tão vagarosa,
escamada, com a casca verde.
Mostra teu casco, um palacete!
Se põe no sol, como uma rosa.
Pescoço esticado, espiando
na pedra que a água contorna.
Nos sonhos que a vida estorna
e reconhecimento tão brando.
Seu peito parecia seguro,
de baixo da sua carapaça.
No final, ficou tão obscuro!
Do alto da pedra, escorregou.
De paixão, tartaruguinha caiu!
De tão cascuda, não desvirou.
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